quinta-feira, abril 06, 2006

Reviravolta

No outro dia estive a ver vários textos antigos do meu blog. Não há dúvida de que eu, nestes últimos tempos, tenho vindo a perder a inspiração. Mas gostei de textos que escrevi que se calhar na altura não tinha gostado tanto.

Li os textos da altura difícil que eu passei. Começou depois das férias do Verão, foi o que eu consegui perceber. Só não percebo porque aconteceu... Talvez por ter chegado à conclusão, depois de umas férias magníficas, que não queria crescer mais, que gosto de estar assim, a complicar aquilo que é simples, a poder cometer erros sem que eles tenham consequências demasiado negativas. Então foi como se desistisse.
Os dias passavam devagar e enfadonhos, a diversão começou a desaparecer aos poucos, a irritação apareceu na máxima força. A verdade é que eu estava mal e sentia que estava totalmente sozinha. Aquilo que me fazia sorrir eram coisas que a maioria considera insignificantes, algumas até irreais. As conversas eram poucas, o convívios lá ia acontecendo. Estar no meio do meu grupo de amigos era como não estar, porque não sentia qualquer apoio, porque mantinha a minha cabeça bem longe dali.
Parece que às vezes, quando uma pessoa está mal, por mais ajuda que lhe ofereçam, ela prefere sempre continuar a afundar-se, porque parece mais fácil. Porque começamos a afastar-nos dos outros e talvez do mundo e depois quando nos ajudam é algo estranho que vem de fora, por isso é mais fácil recusar.
Eu consegui sair do meu poço que se fazia adivinhar bem fundo e sombrio. Sinto também que o fiz muito sozinha, com a minha força de vontade e esperança, apesar da ajuda que talvez me ofereceram. Mas houve pessoas que nunca deixaram de estar comigo e disso eu tenho a certeza.
Eu consegui. E os outros que não conseguem? Eu sei que é difícil dar a volta por cima, e eu ainda via a luz do sol, mas e os outros que estão muito mais para baixo, escondidos naquele escuro sinistro?

domingo, abril 02, 2006

Lua

Ontem um sorriso pintou o céu.

Naquele céu preto, em parte coberto por nuvens talvez cinzentas escuras, uma linha curva iluminada dava outra beleza à noite.
A lua estava tal como eu a adoro: uma simples e fina linha mas mesmo assim grande e laranja. E como estada disposta em forma de U e não de C ou D como é usual, parecia um maravilhoso sorriso que tornava ainda mais perfeita aquela noite.

Não há dúvida que um simples pormenor consegue mudar o meu estado de espírito.
Ontem um sorriso pintou o céu!