segunda-feira, março 31, 2008

Recordações (para não ter)

Nos últimos dias tenho sido assombrada por mil e uma recordações. Eu sou uma pessoa que associa muito facilmente episódios do dia-a-dia a acontecimentos do passado, mas agora estou a ser bombardeada a todos os momentos com certas recordações. As recordações de uma viagem que significou o fim de muita coisa e o início de tantas outras coisas.
Sempre fui uma pessoa que se agarra muito às recordações, quer tenham um mês, um ano ou mais, talvez por a minha nunca parar de pensar ou talvez por dar demasiada importância ao passado.
Só agora é que consigo ver o quanto foi importante a viagem, o quanto vivi, o quanto aprendi, o quanto mudei. Podia descrever aqui toda a viagem, todos os momentos, todos os pormenores (oh, tantos pormenores), porque esta minha memória dá para tudo, mas se o fizer parte da magia perde-se, porque por mais que já se tenha falado, só quem lá esteve é que seja o quão especial foi.
E como alguém diz, "só se tem uma vez na vida". Por isso, não vale a pena juntar as pessoas para se tentar reviver o que já foi e não volta, porque no final só vai ficar a desilusão. E não vale a pena recordar demasiado, porque isso só vai fazer crescer em nós um espaço vazio, a saudade.